quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009


Tantas minúcias impregnadas nas paredes branco-gelo que alvejam o amargor dos meus desafetos. Denúncias, súplicas, perdões e lamúrias. Olhos mansos, cansaços, impérios ruindo. Meu amor próprio esparramado entre lençóis sujos exalando esse odor de amor putrefado. Covardias, falso altruísmo, paixões inertes, fugas inúteis. Eu anseio, eu desejo, quero e ambiciono tudo que vibra.
Ter tudo que pulsa, esse é meu horizante, meu caminho. Abraçar a solidão que preenche os espaços perpétuos e ocos entre você (ser que redescubro) e eu (ser que desconheço).
Não me conformo, mas assumo, sem maiores cenas e com total ausência de platéias ou aplausos, que esse desespero árido e sedento é meu único destino imutável. O destino que tracei rasgando as linhas da palma das minhas mãos e regando à sangue e fervor o que resta de esperança.

Um comentário:

  1. olá.

    gostei do texto. achei diferente.

    "Meu amor próprio esparramado entre lençóis sujos exalando esse odor de amor putrefado."

    achei isso genial.

    sorte e luz.

    ResponderExcluir